There's a little bit of me inside you gathering what you've lost.

Ainda não são cinco da manhã e não consigo dormir. Não há nenhuma razão particular para isto, pensamentos que se sucedem sem nenhuma ordem determinada, sem sequer que sejam relevantes para me manter acordada. Um dia alguém ainda me haverá de explicar por que é que há vezes em que bocejamos mas não conseguimos dormir e outras em que sentimos mas não conseguimos prosseguir. Estarás a dormir a esta hora. Ou poderás estar agora a acordar e a apanhar o voo, será hoje? Há demasiados dias que não sei de ti. Talvez nem sequer te tenhas deitado. Mas, na imaginação como nos blogues, pode-se tudo, e por isso faço desta cama maior e mais confortável, volto a apagar a luz e trago-te para o meu lado, aqui e agora. Ficarei só a ver-te dormir, sabendo por experiência que não há imagem mais tranquila do que ficar a ver-te dormir. Todos as tempestades seriam mares de calmaria se te vissem dormir. Meu anjo. Talvez não me baste, porém. Talvez tenha de me aproximar mais de ti só para te aspirar o perfume do cabelo e nisso me sentir mais cheia, invencível. Talvez não resista e te acaricie o rosto com ternura e com cuidado para que não despertes. És tão bonita. Sei que o coração é maior do que o resto do corpo e por isso é possível que a minha vontade me leve a beijar-te a bochecha ou o pescoço. Sim, é provável que te beije. Não me importo já se acordares porque, na imaginação como no blogue, descobrimo-nos no mesmo abraço e sorris, e o teu sorriso, meu amor. Passará então das cinco da manhã e não quererei dormir só para aproveitar o tudo e o todo desse abraço. O teu abraço é o melhor lugar, o sono mais belo que vem.

Aporta em mim, fica neste abraço que não se perde. Descansa agora, princesa.

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