Sei que não vais voltar e já não me importo.
Vou fazendo dessa certeza um hábito diário ou talvez uma dor habitual e mal-habituada, como uma casa que é mal frequentada mas cujas portas não se fecham a ninguém.
Ligo cada vez menos ao futuro e talvez só por isso não me importe que não voltes.
Sei que estás bem e que vives, já não preciso do beijo com sabor do fumo. É hoje presente, conheço-te a exaustão, e quero descansar-te sem perguntar como foi ou que parte de ti lá ficou. Adormecer-te no colo e nada mais, quando sou eu quem sonha uma ideia de felicidade, os meus dedos pousados entre os teus caracóis.
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