Estamos no precipitar daquele mal-entendido, onde nenhuma ponte alcança. Não está escrito, não importa já, mas eu sei. Pelo meio, tentaram-se alguns conceitos mal situados, as ideias tão próximas mas as palavras que ficam sempre tão distantes. Estamos do mesmo lado e não nos vemos, embora o toque fosse tão possível, tenho a certeza. Falaremos então do particular como quem fala do geral, ou de histórias secretas e erroneamente descodificadas, e nenhuma linguagem nos responderá. Talvez só o silêncio nos coloque frente a frente e tudo possa, enfim, ser claro como no princípio dos tempos. Até lá, preciso com urgência de tudo o que ainda não me disseste, as reflexões mais imediatas e as outras feitas axiomas, consumir-te uma ideia do corpo e outra do coração, e que estão tantas vezes desencontradas no mesmo sentimento. Dá-me uma palavra que venha a acordar súbita a realidade. Xiu, pode ser essa.
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