Budapest: duas coisas me movem

Não me recordo se foi nos livros sérios ou nos sítios mal frequentados que encontrei aquela frase tão perfeita, pese embora o brasileirismo que lhe dá outro gosto (fraca tentativa a uma depravação, esta de colocar “outro gosto” nesta conversa). Ditava “duas coisas me movem: a palavra e a buceta” e devem ter-me feito tanto sentido já na altura, que nunca mais as esqueci. Ele a escrever-lhe um livro no corpo, literalmente, e as palavras que ela arrastava com a água do banho para a eternidade, é esse o sonho. 

(não sei por que demorei tanto tempo para ver este filme de que me falaste e de que agora já não vou a tempo de discutir contigo)

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