Love is no excuse ou Direitos da personalidade

É preciso um cuidado rigoroso para separar para as palavras aquilo que é tão vincadamente unido na memória, saber o que é exclusivamente meu e qual a parte que puseste tu em mim. Não é preciso testar fronteiras para conhecer o diâmetro de um conceito, seja ele o do respeito ou o da loucura e, de todos os fracassos, melhor não espero alcançar, já fracassei com bastante sucesso. Onde começa e acaba o toque da tua mão, para que outras mãos se expande, eu já não sei, só sei que existe. Reparemos por isso nos casos de Adele, Gotya ou mesmo dele, o pregador mais sincero (já te contei que o vou ouvir Sábado, a cantar numa igreja?), e não queiramos saber mais daquelas canções do que o simples facto de terem sido um sucesso inquestionável. Não nos perguntemos se lhes custou escrever aquelas canções, que direito lhes foi concedido, ou se os visados se sentiram desrespeitados ou injustiçados. Talvez digas que o amor não é desculpa e eu concorde. Sempre foste tu a da razão.

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