Cricova ou A minha kosovara que é moldava.

Ela diz que foi há 15 anos e eu fico incrédula a pensar como passou já tanto tempo desde que a conheci. Lembro as cartas que me escreveu de Itália a falar da modéstia dos doutores, os quadros mais bonitos que agora já só pinta por encomenda mas que durante tanto tempo tive no meu quarto adolescente, a excentricidade vaidosa que era beber vodka com uma moldava ali mesmo, na minha aldeia, enquanto sonhávamos o futuro. A vida é este retalho de histórias que vamos juntando umas às outras, quando ela diz que é preciso olharmos de longe para vermos a imagem completa.

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