Somos aquela conversa ininterrupta, mesmo com os mares e as terras, a temperatura do céu e a outra mais quente, a do corpo, os dias e as histórias que são intervalos ao futuro ou atalhos para o passado. Ficar é outra coisa, o invísivel que se suspende mas que perdura de puro atravessando a noite, o que é conhecido da pele, viciante à boca, o mais próximo do peito que se poderia ser. Ficar seria a beleza mais evidente do gesto, o que se demora e se aquieta no toque, encontrar de novo aquela limpidez que tanto poderia ser dos olhos como do sorriso. Isto é de quem fica. Porque quando eles dizem que o assunto acabou aqui, viria ela a esclarecer que não, o assunto nunca acaba.
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