A vida não é dia sim, dia não.

A falência de agir é mais desastrada do que a de sentir, pois nenhum sentimento é auto-didacta ou auto-suficiente, nenhuma palavra é satélite do gesto, nada só raramente é ainda nada. Quando falho no gesto que te quero, falho então com ingrato dolo no meu sentir. Houvera de ser madrugada e o nevoeiro nos encobrisse julgamentos e desilusões para que todo o abuso fosse consentido, permitida a minha vontade indecente de gerar luzes celestes no céu do teu ventre. Procurei o advérbio perfeito para o tempo, modo e lugar de ser desejo e acabei por falhar por omissão. Deixei por fazer em ti o mundo.

Vem cá. Dá-me a tua mão outra vez, lugar de destino. Quero(-te) mais e a vida não é dia sim, dia não.

Sem comentários: