Leste Nietzsche, leste Voltaire, devias ter mais juízo.

Haveríamos de inventar caminhos para que não chegássemos nunca à saída. Há tantos caminhos, dizias. Repetiríamos todas as letras do alfabeto em todas as línguas conhecidas, formaríamos uma nova língua se preciso fosse, haveríamos de repeti-las por todas as vezes necessárias para que não nos cruzássemos com a última. Teríamos truques e histórias infindáveis. Seríamos incansáveis.

Não há um fim. Até a morte continua a doer depois da noite. Se te vierem agora falar do fim, dizer que é hora, já chega, não os acredites. Somos aquele eterno retorno tantas vezes cruzado na iminência do irrepetível. Mas continuamos aqui.

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