Pessoas como nós, independentes. É quando brincamos ao futuro que mais tenho medo de acreditar em ti, mesmo que me contes que os demónios não existem. A boca pode dizer todos os nomes e eu, que quero tudo, sei que tudo querer é também uma forma de se ser injusto. Invento-te verdades que bem poderiam ser mentira, o que não vou gostar de ouvir. Quantos segundos podem passar entre um dia e outro, quantas certezas reclama a memória? O que segura, sendo sentido, não é o mesmo que prende, e o amor não se diz. O corpo não acalma, só pede. O peito concede porque o mundo começa e termina a cada grito. Na minha ausência, tu és todas as sombras da noite, a desconhecida que
quero levar p'ra cama. A vontade não se guarda e a minha ignorância é
abençoada.
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