Há tanto de ti em mim. Nota-se no tempo e nos hábitos, os novos e os velhos, na liberdade da palavra, na liberdade, na palavra. Ficou-me no lugar das mãos e na surpresa de ser assim o mundo tamanho e tão simples, nas cores e formas de se ser diverso e completo sem trair o fundo. A vida como ela é, como ela só pode ser. Não são lições, são legados. Que não apenas nos amem mas que nos acrescentem, esta a ambição.
Torno-me maior ao largo do teu futuro e sigo caminho, confiante e útil, só para te poder ver a brilhar no fim. Não temo, nada é desperdiçado porque o amor não é vocação mas é fé. Cresço ao abrigo das tuas sombras e vou adicionando acasos e sentires que nascem da felicidade, enquanto ris ou porque ris, quase a mesma coisa. Há um sítio em mim que se faz de regressos e gargalhadas, uma luz que vem das coisas de ser feliz.
A conjugação do verbo gostar deveria incluir o nosso tempo verbal, tão misturado e difuso, tão permanente, tão frágil, quase puro. Não, não vou a lugar nenhum.
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