"Se por acaso encontramos um amigo que não vemos há décadas e ele nos pergunta "Que tens feito?", respondemos que vamos indo, devagarinho e tal, nada de relevante, trabalho e família, "Sabes como é". Depois do abraço de despedida, que representa um resto de afecto, uma memória de nada, cada um segue caminho por lados opostos da rua. E não nos espantamos que isto aconteça sem um baque, sem remorsos ao assumirmos que os anos deslizaram irrelevantes, enfim, trabalho e família."
Afonso Reis Cabral, O Meu Irmão
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