Passaram-se coisas. Passaram-se meses, sítios e pessoas. Era preciso registar como fui a Copenhaga ensaiar futuros, ou aquela sensação de negro por todo o Berlim. Era preciso escrever de como o sol se põe a horas de lua na cidade que me guarda o coração, ou de como dei comigo no hotel das putas e na balada do Esteves recusado, menos do que gostava, mais do que esperava. Era urgente que ficasse aqui porque tudo o resto é passageiro, este o sítio da memória. Falar de Malta como falei de Buenos Aires só para poder repetir que em todo o lado se vive e que em todos te sei o pulso. Passou-se tempo, mas não quero que me passes tu.
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