É dos sentimentos mais difíceis e, talvez por isso, dos mais nobres. Não é fácil perdoar e, todavia, é das maiores necessidades que o façamos. Por estas alturas, o diálogo cristão devolve numa sonância maior o eco de amor e perdão. As igrejas estão cheias, os corações vazios.
O perdão é um sentimento exigente. Exige-se muito do perdão. Às vezes, tudo. Perdoar é, por isso, difícil. Requer uma capacidade de empatia muito grande - de novo a empatia, ela tem sempre razão -, uma cedência e uma disponibilidade que nem todos estão dispostos a permitir-se. Há quem não troque a razão pela paz, quem faça de olho por olho lema e quem prefira uma perda a um empate, pessoas a quem o orgulho fere a vista e arrefece o coração. Tenho-lhe um dó fraternal.
Que o perdão seja fácil e talvez o amor seja, um dia, possível.
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