Nos arredores de Sófia, num sítio que tanto poderia servir os pobres quanto a máfia, encontrei o mercado de rua mais bizarro de sempre. Livros, cadeiras, telemóveis e carregadores, muitos, capas da Playboy ao lado de pistolas, ferramentas e partes de automóveis ao lado de objectos nazis, posters e medalhas dos tempos da URSS ao lado de máquinas fotográficas, bonecas sem olhos, postais, máquinas de escrever, peças de roupa. Sem bancadas, sem lugar fixo, só coisas no chão, em fila, ao ar livre. Porém, o que me surpreendeu mais foram as fotografias. Entre estas, uma série delas em que figurava um jovem casal, em poses apaixonadas, no campo, como numa sessão fotográfica. Ela com o cabelo ao vento, ele olhando para ela. Tive pena de encontrá-los ali, por uns instantes nas mãos duma turista Portuguesa assomada de curiosidade. Desejei que tivessem sido felizes.
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