Em novembro os segredos são mais vivos.

Não é apenas a cidade ou o pretexto de encontrar a memória mais feliz por destino, embora eu seja desse género de pessoas capazes de se contentar com uma sombra, a alegria primitiva que se forma no intervalo das ausências. Veja-se, de resto, como nos entretemos nós de tempo a tempo ou, melhor dizê-lo, de vida a vida, verdade mais exacta. Insisto em voltar como quem precisa de álibi para preservar uma saudade. É verdade que se importaram novas pessoas e novos hábitos e tu já nem sequer te passeias por aqui. Terei também eu, como ele argumentou primeiro, uma certa vocação para a solidão. Mas é aqui que a alma responde, ainda.

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