Do privilégio da saudade.

Ensaio frases que não me levariam a lado nenhum, a maioria sem sentido ou de sentido proibido. Será melhor a segurança que sempre nos traz o silêncio, menores as hipóteses de irreversibilidade, seja por danos consentidos ou colaterais. Não sei quanto houve de pretexto, cansaço ou veredicto na ligeireza da tua resolução e afundo na perplexidade de nos encontrarmos neste sítio a esta hora. Cala-me essa desilusão de não te servir para nada. Cala-me a perplexidade, sinónimo desta tristeza ou será apatia. "E eu aceno e finjo que entendo."

Nesse dia, fartei-me de sonhar contigo e talvez devesse tê-lo interpretado como uma premonição. Está visto que existem coisas que nos chegam como sinais imperscrutáveis até à mais audaz tentativa.

Caber-nos-á agora confirmar aquelas palavras do escritor que ainda te entretinham o pensamento, se a saudade poderia alguma vez ser privilégio. Da minha parte, temo ter já descoberto a resposta.

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