Georges anda ver o meu país de marinheiros a navegar nas águas insonsas da subserviência resignada.

Não é a tão abusada queixa, a da falta de valores, que me choca, mas a falta de educação, princípio basilar que define muito de quem somos no ser e estar com o outro e que, admite-se, aporta os tais valores. Tudo começa com a educação. Se entras no elevador sem me dizer “bom dia”, se não pedes desculpa quando chegas atrasado, ou se não agradeces quando te cedo passagem quando ambos caminhamos no mesmo passeio apertado, revelas ali a tua falta de educação. Do mesmo modo, o egoísmo, sendo essencial â sobrevivência da espécie, diluiu consigo a importância do respeito, parece-me. Veja-se aqueles que falam alto ao telefone ou que, mesmo de fones, me conseguem importunar com a sua música de berros. Continuemos porém todos a acreditar que respeito e educação é chamar sôtor ao caixa do banco, baixar os cornos quando por nós passa o senhor padre.

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