Motel One Glasgow ou Escrever é não se esquecer de olhar.

Dou-me, por vezes, a certas excentricidades e caprichos: sou muito bem capaz de ficar num hotel por causa do conforto da cama, mas de atravessar a estrada para ir ao bar de outro por causa da decoração, luz das janelas e conforto das cadeiras, mais propícias à leitura de copo na mão. Do mesmo modo, pode suceder-se ir parar a um hotel de cinco estrelas envergando uma mala de tiracolo verde tropa com dois ouriços-caixeiros desenhados, coisinha de adolescente. Há sempre uma certa vaidade na subversão, mesmo a mais ridícula.

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