Me haces la cama, me haces el desayuno, me haces feliz.

Não sei voltar aqui sem voltar a ti. É demasiado previsível, bem sei. Chama-lhe o meu romantismo, a minha habitual nostalgia das terças-feiras ou, se preferires, neste momento, a minha preocupação, sei lá. Talvez tudo misturado, como só faz sentido que sejam estas coisas. Esta cidade é para mim como os ponteiros do relógio de Saramago a pararem quando conheceu Pilar e, se me conheces, nem precisas de conhecer esta história. Já sabes que significa tudo. Esta é a nossa. Naqueles questionários parvos sobre loucuras, penso sempre nesta. Chegar às sete da noite, partir às sete da manhã, quase ter perdido o avião, querer muito perdê-lo. Não me lembro de ter dormido, embora acredite nessa possibilidade. Afinal, o amor cansa. Recordo o nervosismo, a vontade, os teus olhos límpidos, o sorriso de dorme-bem-boa-noite-beijo. Lembras-te do braço-de-ferro? A nossa inocência comove-me tanto como a felicidade daquela noite primeira e preocupa-me não ter a certeza, a esta distância, de onde está a tua t-shirt. Foi aqui que aprendi a anatomia dos sentimentos, a palpitação omnisciente da poplítea. Foi também aqui que aprendi, contigo, o lugar exacto do coração.

(cuida de ti, por favor. é que de repente apercebi-me que preciso mais de ti do que julgava e ainda temos o Yeatman para experimentar, amor)

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