A curiosidade, a fúria, o alarme, o pânico. O medo, não.

Convence-me (e a si mesma) de que consegue já andar de bicicleta sem as rodas de apoio. Convence-se tanto ao ponto de querer mostrar-me o feito, ela que até ali sempre andou com elas. Avança determinada e, quem sabe por isso mesmo, consegue. Ao fim de um par de voltas, anda sozinha e sem tropeços. Está feliz e destemida e não tem pudor em dizê-lo. “Eu sou a Manalena S. S. e não tenho medo de nada!”, grita. E eu, que sempre suspeitei dessa coisa do orgulho, arrisco que talvez seja algo muito parecido com isto que sinto.

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