Estar próximo é não saber chegar.

Sustento, cada vez mais, uma visão pragmática do amor. O sonho é, não rias, chegar a casa e estares tu a cozinhar o jantar para mim. Ou o contrário, mais inesperado, mas nem por isso menos certo. É uma premissa simples e assente na comunhão de bens e direitos, dois quotidianos que se juntam para benefício mútuo. O amor perfeito é uma simbiose que se aperfeiçoa e refina com o tempo. Porventura já terás reparado no concreto dessa possibilidade. Não a afastes. Tem caixa de correio e dois lugares de estacionamento, tem quem se sabe aturar e tem espaço para viver. Tem quem sabe esperar por quem não sabe se vem. Entras e pertences aqui. Já reservaste o teu lugar no sofá e o teu cheiro combina com a casa, a tua voz de liability ecoa pela casa. Confundo-te muito com a casa. Tu virias e eu não diria nada, porque o normal seria isso. Como quando colocaste a tua mão sobre a minha, sem pré-aviso nem explicação, e fez todo o sentido. Porque o normal seria isso. Ainda para mais, gosto de gatos, vê só.

2 comentários:

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