Por quem me tomas, romeiro?

O romeiro é afinal do Frei Luís de Sousa e não há, no Auto da Barca do Inferno, nenhuma interpelação similar. O que interessa é que partilhamos o mesmo entendimento e complementamos sem demora e hesitação as nossas respostas. Eu digo Clarice, tu respondes Falcão. Ainda que a resposta seja errada, tenho para mim que seria essa uma maneira muito bonita de descrever a nossa sintonia: duas pessoas que coincidem felizes no mesmo engano.

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