Talvez, só talvez

Ontem estive, com o coro de jovens, a cantar num casamento de desconhecidos, com um padre a dizer que o amor pode ser vermelho, laranja, verde, branco, cinzento, preto (adoro pessoas sonhadoras mas ainda assim conscientes da realidade!) ou até tinto (como disse o avô da noiva, lol), numa capela onde devem caber pouco mais de 50 pessoas, perdida no meio do nada, mas no topo do mundo, com uma vista lindíssima e aquele ar da serra tão puro e tão fresco.

Consegui então perceber porque gostas tanto de morar aí. E por um momento, só esse momento, quando fechei os olhos para reter em mim toda aquela beleza invulgar e saborear com mais cuidado a magia daquelas cores, o vento a acariciar-me o cabelo, pensei que talvez, só talvez, eu conseguisse ter aquela vista e aquele ar todos os dias. Talvez, só talvez, me bastasse aquilo e a certeza de te ter. Talvez, só talvez, eu pudesse ter sido feliz contigo, num sítio que é quase nada, mas que tu tornarias quase tudo. Mas...talvez é sempre pouco, certo?

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