"Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam."
in Diário de Notícias, 09.11.2004
"Com o passar do tempo, há dois sentimentos que desaparecem: a vaidade e a inveja. A inveja é um sentimento horrível. Ninguém sofre tanto como um invejoso. E a vaidade faz-me pensar no milionário Howard Hughes. Quando ele morreu, os jornalistas perguntaram ao advogado: «Quanto é que ele deixou?» O advogado respondeu: «Deixou tudo.» Ninguém é mais pobre do que os mortos."
in Diário de Notícias, 09.11.2004
"O que me interessa são pessoas que tenham uma espessura de vida. Interessa-me pouco o romance filosofante, esses livros imóveis onde as personagens são todas cérebro e não têm vida, nem sangue, nem esperma."
in Diário de Notícias, 27.04.1994
"É preciso viver, viver como homem comum entre homens comuns. Só um homem comum pode fazer grandes coisas."
in Courrier Internacional, 01.2007
3 comentários:
Estava lá, sim senhor. Eu vi. Com uma fila enorme de pessoas (leitores?) à espera de autógrafo.
Nunca li nenhum livro dele. Nunca me ensinaram a ler aquela maneira tão particular de escrever.
Mas adoro as entrevistas dele, aqueles silêncios...
Bjo
Como o entendo, Orlando! :)
Fora algumas crónicas pelas revistas, só li um livro dele, que de resto nem sequer é dos mais badalados, mas que, mesmo assim, me bastou para gostar. Mas, foi quando o ouvi numa entrevista à Judite de Sousa, que me apaixonei!
Hei-de ler mais dele, concerteza.
Às vezes, cabem num simples silêncio todas as palavras necessárias, não é?
bj*
Estes teus posts trazem-me a saudade de ler como lia quanto tinha tempo palpável...
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