Disseste para ti própria que não ias chorar mais. Enquanto descias as escadas, esforçaste-te tanto por pareceres bem. Mas depois entraste no carro, perguntei-te como estavas e, então, levaste de imediato as mãos à cara. Desabaste. Cedeste a um impulso maior que tu e choraste. Choraste desalmadamente. E, como sempre, eu não soube o que fazer. Não num caso tão grave. Nunca sei.
Contaste-me tudo e eu só te pude ouvir, enquanto te agarrava a mão. Ontem nem as minhas piadas parvas, nem os gelados, nem os Martinis a ouvir o RCP à 1h da manhã teriam algum efeito. Por isso, só pude ficar ali, sem saber o que fazer. Só estar.
Noutras ocasiões já tinhamos falado disso e é verdade, pensamos sempre que nunca nos calha a nós...
A tua tia, aquela que é a mais diferente e esotérica (sempre foi das minhas preferidas!), diz que tens que ser forte, por ti e pelos outros, e pede para acreditares e pensares positivo. E eu também, minha Di. Prometo-te que vai tudo correr bem. Eu prometo. Por favor, abraça-me e pára de chorar.
1 comentário:
You really know how to put it in words...
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