O que acontece quando duas pessoas adultas preferem adiar o inevitável, na esperança de um milagre?
Intimidade
O que há num livro?
"Os livros não servem para sermos mais "cultos", mais "informados", mais "preparados". Servem para estarem presentes quanto tudo o resto está ausente: eles são o refúgio do mundo quando o mundo persiste em avançar do avesso. Eles são o porto que nos aguarda quando a embarcação está perdida ou destruída. Eles são o primeiro e o último brinde aos amigos que não tivemos, aos sonhos que não vieram. E, como na canção francesa, a todas as mulheres que não nos amaram."
João Pereira Coutinho, in Expresso [12 de Julho 08]
João Pereira Coutinho, in Expresso [12 de Julho 08]
descoberto aqui
As minhas preferidas
"De manhã só estou bem é na caminha." (Marco Fortes)
"Não sou muito dada a este tipo de competições." (Vânia Silva)
"Não sou muito dada a este tipo de competições." (Vânia Silva)
O BES é que sabe
O ideal era que os meliantes fossem pretos de segunda ou terceira geração, à volta dos 20 anos. Isso teria um gostinho especial. Só que pretos de segunda ou terceira geração, à volta dos 20 anos, é muito provável que não sejam tão imbecis como estes sambistas. Aliás, o ideal absoluto consistiria num duo constituído por um preto e um cigano, ambos da Quinta da Fonte. Par mais lindo e sociologicamente consensual não é possível imaginar. Terem saído na rifa brasileiros desperados é muito bom, impecável mesmo, sendo até melhores do que os robustos ucranianos ou manhosos romenos. Isto não se resumiu a ter as armas apontadas e já está, não não, também tivemos sorte com a raça dos alvos.
A alegria sádica com que tanta gente recebeu a morte de um dos assaltantes do BES (que é testemunhada pelo Blasfémias), a excitação com que se assistiu ao tiro certeiro, o sentimento de justiça feita por saber que morreu um criminoso sem perda de tempo, a satisfação geral com o desfecho desta história nada têm a ver com o facto dos reféns terem sido salvos. Não se assistiu a tamanha festa nos restantes casos, em que todos, sequestrados e sequestradores, sairam são e salvos e os sequestradores foram julgados. O Estado de Direito é, em Portugal como na maioria dos países do Mundo, compreendido e apoiado por uma minoria. Estamos sempre a um passo da barbárie. A um passo. Bastará um político populista, com o devido apoio da comunicação social tablóide, para que a arbitrariedade do poder passe a ser a lei.
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