«Celebrar o seu regresso a casa é tomar consciência que o seu nome pode desaparecer com muita facilidade. Permitir isso é muito mais grave que não ler o 2666.»
no entre deus e o diabo
«Assim se poderia escrever perante a trasladação quase clandestina do autor de Sinais de Fogo. Devia ter sido notícia de primeira página e de abertura dos telejornais. Não foi. À noite, vi apenas uma nota de rodapé. Daqui a muitos anos terá sido esquecido o que entre nós nesse dia se passou. Mas saber-se-á com certeza que o dia 11 de Setembro de 2009 foi o dia em que ficou finalmente sepultado em Portugal o poeta Jorge de Sena, aquele que resumiu num só verso a amargura do exílio: “ Eu sou eu mesmo a minha Pátria”. Ficou nos Prazeres. Mas o seu lugar é no Panteão Nacional.»
Manuel Alegre
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