A loucura não se diz

Há essa possibilidade doentia de que todas as letras gritem surdas o teu nome e que eu me apaixone em cada regresso sem ida ou volta e não saiba o que fazer de mim depois.  Não o vou confessar. Terei escrito sempre sobre ti já antes, e temo escrever sempre sobre ti depois, há efectivamente essa probabilidade sem impacto que não sei contabilizar. Vou negá-lo também, sete, setenta vezes sete. Pelos séculos dos séculos eras tu. Eternamente tu. Mas isso não te digo porque a loucura não se diz.

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