A onda gigante

O dramatismo e o cansaço. Quem mais cansada. Quem está mal muda-se, não o queiras pensar. Obviamente a gestão da mudança. Saltas ou morres cozida, qual rã? Como antes, o que é que andas a fazer da tua vida? Como antes, a persistência da pergunta. Como antes, o músculo palpitante e a crença naquilo que importa. Não poderão entender. Cresceste? Não sei. Cada dia é uma oportunidade que não deves desperdiçar, lembra.

Misread. O sonho como sinal. Na Madeira, obviamente, a fronteira do admissível em trilhos altivos e perigosos. Tu na frente, como quando eras pequena e iam de mota inventando caminhos à beira-mar, e o quanto gostavas. Um dia muito cinzento mas vais avançando porque sabes que o destino está lá na frente, mesmo que todos vão voltando para trás, cruzas-te com os que não aguentam e tu tens tanto a provar. E então, aquela onda medonha, negra, veloz, imensa, gigante como nunca antes viste, uma montanha a cobrir outra montanha, mostrengo verdadeiro. O tamanho daquela onda que te vai engolir, porque está muito próxima, perto demais para escapar. Ver ainda agora a cor daquela onda e saber que nunca mais vais esquecer o tamanho da onda que te vai engolir.

2 comentários:

I disse...

Arrebatador.

Marisa disse...

Acordei arrebatada, é um facto.

Obrigada, I.*