A princezinha periclitante

Tornas-te eternamente responsável por aquilo que cativas. É a minha preferida e a que respeito mais. Poderá ser também a que dá mais trabalho, é um facto. A amizade acima das merdinhas do dia-a-dia porque há aquela responsabilidade eterna e, se tudo falhar, ela não falhará. Acredito muito nisso, mesmo quando o toque na queimadura me quer confundir. Continuo aqui. Preocupo-me. Tu precisas de saber que eu me preocupo genuinamente porque, tem dias, parece-me não sabes e eu quero muito que saibas e não duvides nunca, mesmo que as palavras enganem. As palavras enganam sempre mas há o essencial, invisível para os olhos. Escrevo-to não para que a direita saiba o que faz a esquerda mas porque tenho direito a essa preocupação e quero que me deixes preocupar, mesmo que aches escusado, exagerado, despropositado. Desculpa, preocupo-me. Quando a gente gosta é claro que a gente cuida.  Os meus amigos são a minha família, uma que, como a outra, até pode não compreender, até pode irritar, até pode entristecer, mas que amo até ao fundo dos ossos. Quero (continuar a) ser, com profunda dedicação, responsável.

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