O verde e o roxo

Nem o (mau) cheiro das sandálias nem o (bom) cheiro da vela são suficientes para afastar o cheiro que me deixaste em presente naquela almofada, um cheiro que ocupa tudo em redor. Abro até a janela com medo, não o posso perder. E porém não invade, não força, não oprime. Prolonga-me o pensamento até ao momento em que, não o podendo sentir, te reconheço a perfeição do toque, tão próxima que se esticar só mais um pouco a mão saberei que é o teu cabelo. Nunca chegaste a sair deste quarto.

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