Pisamos o mesmo chão e dormimos debaixo do mesmo céu, a lua ia alta e brilhante, e acreditei naquele instante que, se a lua se mantém firme no céu, será simples para nós sobrevivermos. Quando acordei estarias já a caminho do aeroporto, outra vida a acontecer longe de nós, a outra realidade que é a tua. Não sei quantos dias terão de passar para que te volte a beijar os olhos límpidos, sempre tão límpidos, mas sei que serão sempre demasiados para o tanto que preciso da tua presença comigo. Enquanto tu percorres metade da Europa pelo ar, eu percorro metade de Portugal pela terra e, curiosamente, chegamos a casa à mesma hora. É fisicamente simples de explicar, esta situação: partilhamos de um mesmo amor, além do tempo e do espaço.
Para não sofrer tanto o peso da saudade, não conto os dias, não os saberei até. Faltará pouco, confio, tem de faltar. Agora prendemos a força toda dentro de nós e vamos à vida.
1 comentário:
:)
Um abraço, Marisa!
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