De Lisboa, com o amor

Tal como todos os fins, este terá sido precipitado. Poucas decisões são valorosas se tomadas às 3h da manhã de uma noite sem fim num quarto de hotel e sozinha num outro País. Tal como todos os fins, deixa um rasto de esperança. Este não será ainda o fim. Preciso que me vejas, que não me esqueças, que me saibas ainda. Não sairei daqui, não vou a lado nenhum. Chama e estarei, como no início, como sempre. Haverei de sorrir e haveremos de ficar bem, com convicção e certeza, foste tu quem me ensinou esse truque. Esperarei o futuro sem perder o presente. Esperarei o tempo suficiente, mesmo que seja todo. Nenhuma esperança é em vão. Não digas nada. Que o tempo seja bastante para nos resolvermos mas não tanto que nos afastemos. E, porém, não temo. Nada se perde. Não nos podemos perder daquilo que somos. Este não será ainda o fim.

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