Continua à venda aí à direita ou Bem me parecia que devia ter pedido só 25.

Todos os heróis são desconhecidos
 
iludimo-nos do amor para não termos de falar da vida
e esgotamo-lo em sorvos sôfregos
para que não o esgote a morte mais rápida
em despistes que se fingiriam simulacros se noutra era tardia
mas a nossa era esta
onde o amor não chegava ao nada se parecia absoluto
e a tua bondade prestável do coração desarmado e mais puro
era acto que nem a esquerda ou a direita sabiam e só nos outros
que te tocavam o cabelo sem imaginarem
porque o que se oculta é sempre maior do que o que se revela
e ninguém entenderá isto que escrevo
porque o amor era o sítio para te adormecer o medo
mas as tuas lágrimas só as secavam o fogo


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Amo dentro de ti um milhão de perplexidades

amo dentro de ti um milhão de perplexidades
o rebento das flores na primavera, a gota claríssima da água de que és feita
amo dentro de ti uma arquitecturada conspiração desfeita
amo incógnitas e as outras convictas pessoas que levas
amo-te universos e outras secretas esferas
amo até quem ainda não és
mas que eu sei existir
amo quem te viu partir



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O rasto de uma estrela, quase gente

e por vezes a tua voz chega-me como um mistério
ou um abraço inesperado que se recebe ainda quente
a tua voz atravessa-me como um poema
e eu posso de novo ser o rasto de uma estrela, quase gente

2 comentários:

Rita disse...


E divulgares de forma mais expressiva? hum? :)

Marisa disse...

Oh, não vou estar a impingir mais. Quem quer, quer. Mas agradeço o incentivo, Rita! :)