Correr a cidade duma ponta a outra só para te dizer boa noite ou talvez tocar-te e morrer.

O desejo é sempre urgente. Como um desespero que só se acalmasse quando o meu corpo desaba para dentro do teu, com o grito dos versos e das bocas. Poder-se-ia até supor que me fazes falta ou que te quero neste instante. Poder-se-ia acreditar que conto todas as horas que te demoras e que te reconheço gloriosa a lembrar-me a natureza dos meus instintos. Poder-se-ia dizer histórias antigas, suores e salivas, fascínios de espécies variadas, morais de tudo e de nada. Tudo se dissesse, acreditasse, supusesse, e só ficava este desejo de agora, sempre urgente, tão insistente. Por ti.

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