Na verdade estamos aqui fodidas porque também somos umas putas (já temos sorte de ninguém mais o saber).

Registe-se por aqui que valter hugo mãe tornou-se, a cada leitura, o meu autor preferido depois de Saramago. Há uma sensibilidade tão natural nos seus livros, sem contudo ceder a pieguices fáceis ou metáforas pretensiosas, que o confirmo sempre nas primeiras páginas. Além do mais, são poucas as pessoas que metem assim a descoberto os diferentes lados do vocábulo, sobretudo para o sexo, sem ordinárias descrições que chegam a ser ridículas de tão artificiais e sem o estorvo do pudor pois, como me ensinaste, não existem palavras feias ou más. Que alguém entitule poemas como "coisinhas preciosas para meter no cu" ou escreva "fazia-lhes sexo oral como quem estivesse com sede e não houvesse água no mundo" é por isso merecedor não apenas da minha atenção mas também da minha mais sincera admiração. Parece que sou uma fácil.

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