Um ponto e meio.

Se notares esse momento de infinitude em que o meu sorriso pousa na tua limpidez, não perguntes. Responder-te com a verdade seria confirmar todos os atentados adiados senão mesmo condenar a minha obsessão mais dedicada à realidade que antes nos falhou. Todas as palavras que não digo, encontra-las nesse momento, gesto que nunca se acaba. Talvez hoje seja melhor do que sempre e agora mais importante do que daqui a pouco. Talvez ser antes uma história secreta que ninguém possa acreditar e fugir ao teu desencontro. Talvez ser uma expectativa improvável que o destino não ouse contrariar. Quero durar contigo um instante. Aperta-me os dedos, para um ponto e meio. Responde que sim, para uma vida inteira.

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