O espanto de ainda te lembrares da pasta genovense só foi ultrapassado pelo espanto de poderes pensar que eu não me lembrava da pasta genovense. Como poderia eu esquecer aqueles dias de tremor da terra? As tuas pernas deitadas sobre as minhas, contando-me o dia. A tua mão procurando a minha no comboio, gesto inaudito. Ou quando, antes de adormeceres, reclamaste um “estava a ver que não” quando fui a buscar o aconchego do teu corpo. Foi ontem, amor, foi ontem.
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