A espinha aguda do desejo.

Por vezes coincidimos na mesma frequência, terceiro elemento. O desejo faz-se fósforo a alumiar o caminho. Começa e acaba como um instantâneo, a mesma força enquanto dura, a mesma fragilidade de fronteira. Duramos agudos segundos em golpes de espinha. Depois não falamos disso. Quando o lume se extingue, somos fósforo ardido. Evento sem sequência ou consequência, coisa que ardeu. Felizes aqueles a quem lhes é dado o conhecimento do fogo. Porque os fósforos, como certas vivências humanas, não são, só acontecem. Mas não acontecem a todos.

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