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Vítor Constâncio ganhou 280 mil euros em 2005
"Os rendimentos do trabalho dependente de Vítor Constâncio totalizaram os 280 889,91 euros em 2005. Neste ano, só em aplicações financeiras e contas bancárias, o governador do Banco de Portugal declarou um montante global de 570 454 euros. Estes são alguns dos números que se podem retirar da declaração que o governador do banco central entregou no Tribunal Constitucional (TC), relativas aos anos de 2005 e 2004, e que o DN consultou.

Vítor Constâncio é ainda titular, nalguns casos a meias com a sua mulher, de uma habitação em Oeiras, 25% de um outro apartamento e de quatro prédios urbanos na zona de Estremoz. Em comparação com 2004, a situação económica do governador não se alterou significativamente: ganhou nessa altura 272 628,08 euros, não tendo modificado a carteira patrimonial ao nível imobiliário.

As instituições financeiras nas quais Vítor Constâncio mais confia são o Banco Português de Investimento, a Caixa Geral de Depósitos e o Banco Espírito Santo. Aparente adepto de não pôr todos os ovos no mesmo cesto, Constâncio colocou no BPI a fatia maior das suas poupanças: 192 180 euros num fundo de investimento; 50 256 euros num plano poupança-reforma (PPR); 204 454 euros numa aplicação de capitalização; 16 664 euros numa carteira de títulos e ainda 65 810 euros em produtos derivados de bolsa. Na CGD, o governador do Banco de Portugal tem um depósito a prazo de 119 222 euros e 86 680,9 euros num fundo de investimento. O BES é responsável pela gestão de um outro fundo de investimento mais modesto, no valor de 21 868 euros.

A consulta das declarações de rendimentos de 2005 - as relativas a 2006 só terão de ser depositadas no TC até ao mês de Maio - permitiu ainda concluir que os dois vice-governadores, José Martins de Matos e Pedro Duarte Neves, ganharam, respectivamente, 244 536 euros e 254 586 euros. Do ponto de vista de aplicações financeiras, Martins de Matos tinha investidos mais de 142 mil euros, no final de 2005, enquanto que o ex-presidente da Anacom foi mais ambicioso ao despender mais de 331 mil euros.

Entre os restantes três administradores verifica-se que José Silveira Godinho investiu quase tanto como Vítor Constâncio: 565 mil euros. Este ex-membro do conselho de administração do então Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (BESCL) foi, no entanto, o que menos ganhou do ponto de vista salarial, tendo auferido "apenas" 224 634 euros em 2005.

Com um rendimento declarado de 226 081 euros, Manuel Sousa Sebastião chegou a investir mais de 386 mil euros nesse ano. Vítor Manuel Pessoa, apesar de ter sido entre os seis responsáveis do banco central com menos rendimentos (225 240 euros) e um dos com o menor volume de aplicações financeiras declaradas (218 225 euros), foi o que apresentou o mais vasto património imobiliário e automobilístico: com dez imóveis e seis viaturas.

Convém referir que Silveira Godinho, ex-ministro dos governos de Cavaco Silva, e Vítor Pessoa - os dois que recebem honorários mais baixos - são reformados, auferindo pensões de 109 379 euros e de 30 101 euros, respectivamente, as quais adicionam ao ordenado.

A fazer fé na declaração de 2005, Vítor Constâncio não tem dívidas, tendo liquidado no ano anterior o remanescente de um crédito imobiliário. Manuel Sebastião pediu um empréstimo ao BPI, mas este administrador apenas declara a situação líquida, pelo que o DN não contabilizou o dinheiro em falta. Sem dívidas ao banco está igualmente Silveira Godinho."
in DN de hoje
E ainda:
Mira Amaral - Depois da tradicional carreira entre ministérios e empresas públicas, o "sprint" final de 19 meses na direcção da CGD para uma reforma de 18.000 euros (mais 11.100 euros do que ganha o PR).
Celeste Cardona - Carreira meteórica: ex-deputada do PP, ex-ministra da justiça, e logo depois vogal do CA da CGD. 19.000 euros (mais 12.100 que o PR).
António de Sousa - Despedido da presidência da CGD ao mesmo tempo que Mira Amaral, acumulou a título de complementos de reforma por cargos desempenhados em empresas públicas ou equiparados, 615.000 euros que poderá receber na totalidade ou numa renda mensal. Desta totalidade, 237.300 euros correspondem aos 4 anos e meio que passou na CGD.
Oliveira Cruz - Ex-administrador da EDP e do Banco de Portugal, recebeu como complementos de reforma 716.000 euros.
Athaide Marques - Ex-presidente do ICEP, recebeu como complementos de reforma 201.000 euros.
Vítor Martins - Recém-nomeado presidente do CA da CGD, ganha 25.000 euros (mais 18.100 euros que o PR).
E não esqueçamos ainda o salário chorudo do nosso Director-Geral das Finanças, Paulo de Macedo, e de todas as reformas atribuídas a personalidades como Santana Lopes ou Manuel Alegre, entre muitos outros...E eu a pensar que éramos um bando de coitadinhos!....

2 comentários:

MC disse...

fod@-se!

Marisa disse...

Ah, pois é!...