Planos para 2010
Desculpas
A persistência da memória (ou a improbabilidade das datas)
3 em 5
How I met your girlfriend (eu e elas)
De política p'ra cima
Não basta
Minha muito querida,
Tens aquele medo de ser incapaz de esquecer e de seguir em frente e eu gostava de te dizer que sim, que passa, mas não passa. Não esqueces, nunca esqueces. Mas vives apesar disso, vives com isso, até acabar também por ser por causa disso.
Chama-me e eu vou.
Amizades com sentido
Papa derrubado (como se tu não fosses I)
Princesa
Midnight lady
Apeteces-me
Sabes, é bom ver-te, mas olha, é melhor ter-te,
mesmo quando mandas chover e dás tempo de morrer à hora.
Mesmo quando grito para não voltar a ouvir a tua subida silenciosa.
Apeteces-me daí.
Sabes, sabes bem, um apetece de vai-vem,
o melhor da terra virada,
um rasto, uma teima para o mar toda voltada.
Apeteces-me já aqui.
Espero que me desças.
(via Trama, uma espécie de Paraíso)
Como se tu não fosses (cenas de uma vida conjugal a 3)
Eu - Esta é a minha música preferida deles. Quase dá vontade de ser religiosa!
Ela - Como se tu não fosses!
Que lindinha, inha (ou cenas de uma vida conjugal a 3)
Enquanto víamos o concerto dos Amália Hoje na tv, 1h30 (não entendo por que passam bons concertos tão tarde...):
Eu - Gosto muito desta mulher. E depois tem aquelas covinhas!
Elas - Mas ela não é nada feminina. Não faz o teu tipo. Não é inha.
Eu - Não é inha? O que queres dizer com isso?
Elas - Há quem goste das udas. Tu gostas das inhas: menininhas, covinhas, lindinhas, baixinhas, fofinhas. Inhas!
Eu - Hmmm, és capaz de ter razão quanto a isso.
Podia acabar o mundo
Nósoutrxs
Os teus olhos
esfinges aladas
palmas fora de tempo, matagais
pequenos acrescentos a vermelho
Faltam atlas com algum detalhe
para as emissões nocturnas
nos agudos da nossa incerteza
falta uma beleza
a olhar por nós
indiscernível, entreaberta ainda
Talvez a nós próprios falte
essa grande medida
insondáveis cordas na travessia
uma juventude que o mundo possa
documentar
os teus olhos são o que resta
dos livros sagrados
e da grande pintura perdida
First we feel, then we fall*
Há histórias demasiado simples para que as consiga explicar: contei-lhe com vontade sobre ti mas o reconhecimento de uma qualquer espécie de derrota inibe-me a contar sobre ele. Não perguntes o que não saberei responder, mas, intimamente, dou por mim a pensar se não seria mais válido o contrário. Afinal, foi contigo que tentei.
imagem daqui
*James Joyce
Declarações fantásticas (ou o perigo de trabalhar no 2º andar)
Não mais bicho papão
I love MS Project
Contra-natura
2) Gay marriage will encourage people to be gay, in the same way that hanging around with tall people will make you tall.
3) Legalizing gay marriage will open the door to all kinds of crazy behaviour. People may even wish to marry their pets because a dog has legal standing and can sign a marriage contract.
4) Straight marriage has been around a long time and hasn't changed at all; women are still property, blacks still can't marry whites, and divorce is still illegal.
5) Straight marriage will be less meaningful if gay marriage were allowed; the sanctity of Britney Spears' 55-hour just-for-fun marriage would be destroyed.
6) Straight marriages are valid because they produce children. Gay couples, infertile couples, and old people shouldn't be allowed to marry because our orphanages aren't full yet, and the world needs more children.
7) Obviously gay parents will raise gay children, since straight parents only raise straight children.
8) Gay marriage is not supported by religion. In a theocracy like ours, the values of one religion are imposed on the entire country. That's why we have only one religion in America.
9) Children can never succeed without a male and a female role model at home. That's why we as a society expressly forbid single parents to raise children.
10) Gay marriage will change the foundation of society; we could never adapt to new social norms. Just like we haven't adapted to cars, the service-sector economy, or longer life spans..."
Do voluntariado, do espírito de Natal e das conversas espirituosas de PDS no Starbucks
Desculpas
Referendar os canhotos
Confesso que não sei se as pessoas nascem com essa característica ou se optam por adoptar o comportamento desviante que a Bíblia, aliás, condena - mas, na minha opinião, os canhotos não deveriam poder casar. Nem adoptar crianças. Um casal de pessoas, digamos, normais, acaricia a cabeça dos filhos como deve ser, da esquerda para a direita. Os canhotos acariciam da direita para a esquerda, o que pode ter efeitos perversos na estrutura emocional das crianças. Na verdade, sou contra a adopção por casais heterossexuais em geral, sejam ou não canhotos. Atenção: não tenho nada contra os heterossexuais. Tenho muitos amigos heterossexuais e eu próprio sou um. Mas não concordo que possam adoptar crianças. Em primeiro lugar, porque é contranatura. Quando olhamos para a natureza, não vemos casais de pardais ou de coelhos a adoptarem crias de outros. Pelo contrário, esforçam-se por colocar as suas crias fora do ninho ou da toca o mais rapidamente possível. Ou usam as suas próprias crias para produzir novas crias. Mas não adoptam. Provavelmente, porque sabem que é contranatura. Por outro lado, a adopção por casais heterossexuais pode condicionar a sexualidade das crianças. Todos os homossexuais que conheço são filhos de casais heterossexuais. A influência de heterossexuais tem, por isso, aspectos nefastos que merecem estudo cuidadoso. Por fim, há a questão do estigma social. Suponhamos que uma criança adoptada por um casal heterossexual é convidada para ir a casa de um colega adoptado por um casal de homens. Como é que o miúdo que foi adoptado por heterossexuais se vai sentir quando perceber que a casa do colega está muito mais bem decorada do que a dele?
Quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, mais do que ser a favor de um referendo, sou a favor de vários. Creio que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser referendado caso a caso. O Fernando e o Mário querem casar? Pois promova-se uma grande discussão nacional sobre o assunto. A RTP que produza um Prós e Contras com cidadãos de vários quadrantes que se posicionem contra e a favor da união do Fernando e do Mário. Organizem-se debates entre o Mário e os antigos namorados do Fernando, para que o povo português possa ter a certeza de que o Fernando está a fazer a escolha certa. E depois, então sim, que Portugal vá às urnas decidir democraticamente se concede ao Mário a mão do Fernando em casamento. E assim para todos os matrimónios. Se o objectivo é metermo-nos na vida dos outros, façamo-lo com o brio que essa nobre tarefa merece.
Defendo, portanto, uma abordagem especialmente cautelosa desta questão. Sou muito sensível ao argumento segundo o qual, se permitirmos o casamento entre pessoas do mesmo sexo, teremos de legalizar também as uniões dos polígamos. E sou sensível porque, como é evidente, não posso negar que me vou apercebendo da grande movimentação social de reivindicação do direito dos polígamos ao casamento. Parece que já temos entre nós vários muçulmanos, grandes apreciadores da poligamia. E eu não tenho homossexuais na família, nem entre os meus amigos, mas polígamos, muçulmanos ou não, conheço umas boas dezenas. Se toda esta massa poligâmica desata a querer casar, receio que os notários fiquem com as falangetas em carne viva, de tanto redigirem contratos de união civil. Mas, felizmente, confio que os polígamos sejam, também eles, sensíveis à mais elementar lógica: a poligamia é uma relação entre uma pessoa e várias outras de sexo diferente. A reivindicarem a legalização das suas uniões, fá-lo-iam a propósito do casamento entre pessoas de sexo diferente, com o qual têm mais afinidades. A menos que se trate de poligamia entre pessoas do mesmo sexo. Mas, segundo o Presidente do Irão, parece que entre os muçulmanos não há disso.
Ricardo Araújo Pereira, Visão
V Revelações
b) Eu nunca... acampei.
c) Eu sei... memorizar matrículas e números de telefone com facilidade (e agora também já sei o que é bruxismo")
d) Eu quero... o Euromilhões (e viajar mais)
e) Eu sonho... encontrar.
Não digas onde acaba o dia
(via A Trama, delicadamente)