A fire out of control I

O céu está nublado e, apesar disso, é sem dificuldade que te encontro. Haverão ainda de se apaixonar por ti quando, sem querer, te encontrarem num ou noutro texto. Não deixaste palavras órfãs. E talvez só poucos saberão que em cada uma há o nome dela.

Haveríamos de nos ter conhecido, acredito, e eu, que nem sou de abraços, sei que um dia te haveria de abraçar. Respeito-te e agradeço-te, e não precisas de estar agora noutro sítio para que to diga em verdade e certeza. Não te chego aos pés.

Há dias disse-lhe que tinha medo de não a amar como tu a amas, não tenho vergonha de te contar, somos crescidos. Ela sorriu, descansou-me, beijou-me. O amor não se merece, só se dá e recebe. As pessoas viam-na assim feliz e pensaram que eras tu. Ela ralhou-me, não quer que eu diga estas coisas, diz-me que eu posso ter medo de a perder mas só se for só um bocadinho, só um medo de amor e não este medo de insegurança. Eu estou tão apaixonada por ela e disse-lhe que ia tudo correr bem. E agora falo daqui para esse sítio que não imagino.

Serás sempre o mar todo a rebentar dentro dela e o tesouro que ela leva no peito, e sempre que se falar de ti haverá de nascer-lhe um sorriso puro de cumplicidade e saudade, um sorriso triste mas sincero, não podia ser de outra maneira. Fizeste-a feliz.

(vou cuidar dela.)

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